O magnésio é considerado um mineral essencial para o nosso organismo.1 As fontes naturais mais ricas em magnésio são tofu, grãos integrais, vegetais de folhas verdes, farelo de trigo, castanha do Brasil, farinha de soja, amêndoas, castanha de caju, melaço, abóbora, nozes.2
Uma das funções do magnésio é ser cofator enzimático auxiliando na produção de energia, síntese de lipídeos e proteínas, regulação do metabolismo de cálcio, secreção de hormônios, formação de ureia2, síntese e replicação do material genético e transmissão neuromuscular.1
A suplementação de magnésio melhora o desempenho dos atletas aumentando a força muscular e a performance durante natação, corrida e ciclismo, demonstrando que este mineral é fundamental para prática de exercícios físicos.1
Existe comprovada relação com a ingestão de magnésio e a manutenção do metabolismo com rendimento normal de energia, neurotransmissão e contração muscular (inclusive do músculo cardíaco), divisão das células, manutenção dos ossos, manutenção da saúde dos dentes e síntese de proteínas.3
Este mineral é essencial na formação da serotonina, que é um neurotransmissor que estimula a saciedade e bem-estar.4
O magnésio, juntamente com o cálcio, é essencial na formação óssea e, por isso, sua deficiência é frequentemente encontrada em indivíduos com osteoporose.4
O magnésio otimiza o metabolismo de gorduras5,6, e, assim como o cromo, está envolvido no metabolismo da glicose e regulação da insulina. Por isso, a deficiência desses minerais vem sendo associada com casos de resistência à insulina.4
A deficiência de magnésio pode produzir efeitos cardiovasculares, neuromusculares, renais, anemia hemolítica, anorexia, ansiedade, ataxia, arritmia cardíaca, confusão, depressão, insônia, dores, fraquezas musculares, dores de cabeça entre outros.2 A deficiência da vitamina B6 e do mineral boro é um dos fatores que pode levar à deficiência do magnésio.4 A carência de magnésio também tem sido relacionada ao aumento da resistência à insulina, que é responsável pela captação de glicose pelos tecidos. Alguns trabalhos mostram correlação inversa entre o controle glicêmico e a concentração de magnésio.7
Referências
1 MASON, P. Dietary Supplements. 3ª edição. Pharmaceutical Press, 2007, p. 199-205.
2 Quick Access – Professional Guide to Conditions, Herbs & Supplements. Newton: Integrative Medicine Communications, 2000, p. 375-376.
3 European Food Safety Authority (EFSA). Scientific Opinion on the substantiation of health claims related to magnesium and electrolyte balance, energy-yielding metabolism, neurotransmission and muscle contraction including heart muscle, cell division, maintenance of bone, maintenance of teeth, blood coagulation and protein synthesis. Disponível em:http://www.efsa.europa.eu/en/efsajournal/pub/1216.htm
4 PASCHOAL, V., MARQUES, N., SANT’ANNA, V. Nutrição Clínica Funcional: Suplementação Nutricional. 1ª edição, São Paulo: VP Editora, 2013, p. 122-132.
5 GOMES, M. R. et al. Considerações sobre cromo, insulina e exercício físico. Rev Bras Med Esporte, v. 11, n. 5, p. 262-266, 2005.
6 MANCINI, M. C. et al. Aspectos Fisiológicos do Balanço Energético. Arq Brás Endocrinol Metab., v. 46, n. 3, p. 230-48, 2002.
7 LIMA, M. L. et al. Deficiência de Magnésio e Resistência à Insulina em Pacientes com Diabetes Mellitus Tipo 2. Arq. Bras. Endocrinol. Metab., v. 49, n. 6, p. 959-963, 2005.