Alegações da vitamina C:
- A vitamina C auxilia na absorção de ferro dos alimentos.
- A vitamina C é um antioxidante que auxilia na proteção dos danos causados pelos radicais livres.
- A vitamina C auxilia no funcionamento do sistema imune.
- A vitamina C auxilia na formação do colágeno.
- A vitamina C auxilia na regeneração da forma reduzida da vitamina E.
- A vitamina C auxilia no metabolismo energético.
- A vitamina C auxilia no metabolismo de proteínas e gorduras.
A vitamina C, também conhecida como ácido ascórbico, é uma vitamina hidrossolúvel que atua no funcionamento normal do corpo. Ela foi primeiramente isolada em 1928 e, em 1933 teve sua estrutura química estabelecida. A vitamina C é essencial para o organismo, pois diferente da grande maioria dos mamíferos, os seres humanos não têm a habilidade de produzir sua própria vitamina C. O ácido ascórbico, ou vitamina C, é encontrado em frutas, vegetais e legumes como por exemplo acerola, caju, laranja, limão, goiaba, mamão, morango, brócolis, couve flor, entre outros. Produtos animais contêm pouca vitamina C, e os grãos não a possuem.1,2
As funções biológicas da vitamina C mais conhecidas estão relacionadas a sua capacidade antioxidante. Sabe-se que a vitamina C atua reagindo de maneira relevante com espécies reativas de oxigênio, auxiliando assim na proteção dos danos causados pelos radicais livres.³
Uma função menos conhecida, mas também estudada da vitamina C é em relação a regeneração da vitamina E, existem evidências em estudos mostraram que a vitamina C pode regenerar ou poupar o tocoferol, atuando sinergicamente com esta vitamina.³
Além disso, a vitamina C participa da formação de colágeno, especialmente nas reações de hidroxilação que ocorrem durante este processo. Estudos sugerem que a vitamina C também está relacionada com a biossíntese de outros componentes do sistema conjuntivo como elastina, fibronectina e proteoglicanos.³ O colágeno fornece resistência e elasticidade nas estruturas onde está presente, é encontrado principalmente no tecido conjuntivo, como por exemplo na pele, tendões, cartilagens, músculos, ossos e dentes.4
A vitamina C também auxilia na absorção do ferro, sua ação redutora e quelante facilita a mobilização e absorção intestinal do mineral ferro.5 Outra função desta vitamina, está relacionada ao auxílio no funcionamento do sistema imunológico, onde estudos apontam que este nutriente afeta vários componentes da resposta imune desde a produção de prostaglandinas, da proliferação de células de defesa (linfócitos) até a mobilização destas células no processo de resposta imune.2,3
Evidências sugerem que a vitamina C está envolvida com o metabolismo energético e de gorduras, visto que a vitamina C pode atuar como um cofator na síntese de carnitina, e esta é envolvida na oxidação da gordura, além de atuar intervindo no transporte de ácidos graxos no interior da mitocôndria, fundamental para produção de energia.6
Referências
¹ VANNUCHI, H. E ROCHA, M.M. Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes – Ácido ascórbico (Vitamina C). / ILSI Brasil (2012). Disponível em: https://ilsi.org/brasil/wp-content/uploads/sites/9/2016/05/21-Vitamina-C.pdf
² PASCHOAL, V., MARQUES, N., SANT’ANNA, V. Nutrição Clínica Funcional: Suplementação Nutricional. 1ª edição, São Paulo: VP Editora, 2013, p. 294-311.
³ IOM. Institute of Medicine (US) Panel on Dietary Antioxidants and Related Compounds. Dietary Reference Intakes for Vitamin C, Vitamin E, Selenium, and Carotenoids. Washington (DC): National Academies Press (US); 2000. 5, Vitamin C. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK225480/
4 SILVA, T.F; PENNA, A. L. B. Colágeno: características químicas e propriedades funcionais. Revista do Instituto Adolfo Lutz, v. 71, n. 3, p. 530-539, 2012. Disponível em: http://hdl.handle.net/11449/122273
5 VALDÉS, F. Vitamina C, Actas Dermo-Sifiliográficas, Volume 97, Edição 9, 2006, Páginas 557-568, ISSN 0001-7310, http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0001731006734664)0
6 LEÃO, A. L., DOS SANTOS, L. C. Consumo de micronutrientes e excesso de peso: existe relação? Rev Bras Epidemiol., v. 15, n. 1, p. 85-95, 2012.